Obesidade em animais de estimação

Um sério problema de saúde entre os pequenos animais, e que tem trazido muita preocupação para os profissionais de medicina veterinária, é a obesidade. O convívio muito próximo com os humanos tem favorecido a oferta de dietas não equilibradas, não propícias ou em desacordo com a idade e raça do animal de estimação.

A obesidade de cães e gatos é um sério problema em saúde animal

A obesidade é um grave problema de saúde animal, pois pode levar a situações de risco como problemas cardiorrespiratórios, dores articulares e aumento da predisposição à diabete. Além disso, pode prejudicar em casos de cirurgias e aplicação de anestésicos.

Esta situação acontece por várias causas, entre elas: alimentos inadequados, sedentarismo, castração e predisposição genética. Embora a castração possa ser um fator predisponente, ainda é um procedimento indicado para cães e gatos, especialmente para a prevenção de tumores de mama e testículos.

A oferta de guloseimas de forma “liberal” é outro fator que contribui para a obesidade canina e felina. Destacamos que não importa se são petiscos próprios para animais, como ossinhos, bifinhos e biscoitos caninos, ou alimentos humanos, como biscoitos doces e salgados, salgadinhos em pacotes, batatas fritas, etc.

De uma forma geral, o animal engorda porque come mais do que precisa ou se exercita muito pouco (especialmente se for idoso). Um animal é diferente de um ser humano: ele não precisa fazer de 3 a 5 refeições diárias e muito menos ficar comendo nos intervalos. Transferir para o animal de estimação a rotina alimentar do ser humano é causar transtornos alimentares graves que podem ter sérias consequências, incluindo óbito.

No caso em que a obesidade já se instalou, é necessária intervenção do médico veterinário, que fará uma avaliação clínica e laboratorial do animal, prescrevendo a ração mais adequada para equilibrar a oferta de nutrientes e diminuir o peso. O médico veterinário está apto, também, a orientar sobre exercícios físicos e atividades para ajudar no emagrecimento e tratar alguma patologia que já tenha se instalado. Nos demais casos, as ações que podem, e devem ser tomadas em relação a este problema são várias, tanto para prevenir quanto para melhorar a condição de um animal que esteja caminhando para a obesidade. Destacamos as seguintes sugestões, lembrando que a atividade física é, acima de tudo, a melhor coisa a se fazer pelo amiguinho obeso que se tem em casa:

- levar o animal para passear (e não só sair com ele para que possa fazer suas necessidades fisiológicas) pelo menos duas vezes por dia. Se você não tem tempo, contrate um profissional que possa fazer isso por você;

- jamais oferecer petiscos a qualquer momento, preferindo fazê-lo apenas duas vezes ao dia e em pequenas porções. Um animal em treinamento pode precisar de petiscos como recompensa e, se o seu animal está sendo treinado, não ofereça petiscos em outras ocasiões;

- no caso de gatos, que dormem a maior parte do tempo, o dono pode tomar medidas simples como: brincar com o gatinho usando luzes; oferecer brinquedos para incentivar o instinto de caçador do felino; colocar arranhadores e novelos de lã ou barbante (mas tome cuidado para ele não engolir a linha) em pontos diferentes da casa, estimulando a movimentação; esconder parte da ração em caixas e colocar em diversos lugares (sobre os móveis, dependuradas em lugares de fácil acesso, sob as camas, etc.) para que o bichano tenha que se andar para encontrá-la;

- educar o seu amiguinho desde pequenino, oferecendo ao filhote uma dieta equilibrada e adequada desde cedo;

- oferecer a ração duas vezes ao dia e na quantidade prescrita pelo médico veterinário;

- em todas as situações, jamais oferecer rações sem a prescrição do médico veterinário, que é o profissional capacitado a definir, entre as diversas marcas e tipos de ração disponíveis no mercado, qual a melhor para o animal sob sua supervisão.

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